quarta-feira, 14 de março de 2012

NOTA DE FALECIMENTO

BOM DIA, SOU CLÁUDIA, AMIGA DA FAMÍLIA, INFORMO A TODOS QUE A SUELLEN, PROPRIETÁRIA DESTE BLOG, FALECEU ÀS 5 HORAS DA MANHÃ DESTA QUARTA-FEIRA, DIA 14 DE MARÇO.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

50%


Eu não podia deixar de postar o trailer deste filme aqui, como indicação obrigatória pra quem quer entender um pouco do que se passa na mente de quem tem câncer. Genial e emocionante. Assistam!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Nunca é demais repetir

Às vezes, paro pra pensar e percebo o quão desatenta e indelicada eu estou sendo com as pessoas que, incansavelmente, me levantam o astral, me fazem ficar de pé, seja com visitas, com mensagens de incentivo e apoio, tanto aqui no blog, quanto no Facebook, no e-mail, no celular, enfim...

Sinceramente, admiro vocês por isso. É preciso ter um bom coração pra dizer coisas tão bonitas quanto as que eu ouço, e voltar a dizer, mesmo que muitas vezes sem uma resposta minha. Eu faço o possível pra responder a todos, mas certamente não consigo o fazer à altura.

Os textos também não são nem 1% de tudo o que a maquinaria do meu cérebro pensa e o meu coração (quase sempre apertado) sente. Em muitos não cito nomes e, mesmo quando cito, ainda deixei de citar dezenas de pessoas que já fizeram e fazem diferença na minha vida.

Por isso, àqueles que não se sentem devidamente lembrados ou agradecidos, vai aqui meu carinho. Eu tenho certeza que cada um sabe o valor que tem pra mim. E se não sabe, é também nesse sentido que quero me esforçar. Sobre as críticas, elas também são endereçadas a alguém, mas, creio eu, estas pessoas nem devem ler e, se leem, acredito que consigam entender.

De qualquer forma, o mais importante pra mim é que quem eu escolhi para o meu convívio (e que também me escolheram para o seu convívio) tenham a plena certeza do meu sentimento por elas. Porque sentimento bom nunca é demais ser expressado. Um abraço!

sábado, 14 de janeiro de 2012

Doce São Paulo. Ou não tão doce assim.

Indiretamente, em meados de outubro do ano passado, comentei aqui sobre um tratamento que começaria em São Paulo. Durou de novembro ao início de janeiro e, enquanto não terminou, preferi não dar relatórios sobre, por uma questão lógica. Não queria me precipitar sem ter algum tipo de resposta concreta quanto ao tal tratamento. Agora que já tenho, resolvi contar. Aliás, agora que não tenho.

Os exames feitos no início do ano mostraram a falta de eficácia dos remédios. Um tumor progrediu, o outro não. Mas isso não importa. Vou falar do que eu trouxe de bom dessa experiência. Ou pelo menos do que eu trouxe de substancial. Em primeiro lugar, São Paulo é um inferninho - definitivamente não está entre os lugares que sonho em morar. Segundo, senti saudades do hospital daqui (???). Sim, mesmo sendo apenas um número em ambos, aqui pelo menos sou um número mais antigo, e já conhecida por não levar em consideração comentários pessimistas sobre o meu futuro.

Aliás, quem disse que médico tem dons premonitórios? Foi-se o tempo em que "doutores" eram considerados deuses. A propósito, vivi uma situação parecida no início do ano passado, com um outro "doutô" (professor com doutoramento). Felizmente, as previsões proféticas dele não funcionaram, assim como também acredito que as do "doutô" deste ano não vão funcionar. O bom de tudo isso é que nem preciso frequentar tarólogas; os médicos e professores também estão fazendo esse tipo de serviço.

Gabi, mãe, Tuca e turismo no MASP.
Nem era esse o assunto principal... Queria, depois de todas as angustiantes e cansativas viagens a São Paulo, principalmente agradecer quem nos deu (a mim e à minha mãe - eterna acompanhante) o apoio necessário. Apoio, no sentido denotativo e conotativo, já que evitou que tivéssemos que nos hospedar na casa de apoio, dando uma assistência digna de hotel 5 estrelas. Ao querido casal de primos Sérgio e Edna, e à sua filha, doce Gabriela, muito obrigada pela receptividade, atenção, carinho e, claro, pouso e deliciosa comida. Tá aí o lado bom de ter parentes espalhados por todo canto. :)

Segundo o Burnier, tenho traços parecidos com os da Sonia Bridi.
Ah, não dá pra esquecer da incrível oportunidade de visitar as instalações da Globo, conhecendo os bastidores do jornalismo, do esporte, do entretenimento, bem como os profissionais que estão na frente e por trás das câmeras. Camarins, ilhas de edição, estúdios, cafezinho, enfim, pude conhecer cada cantinho do lugar onde qualquer jornalista julgaria interessante ser explorado. Entre outros passeios que pude fazer pela cidade, conhecendo a parte boa dela, este foi o mais significativo. A parte dos ônibus, metrôs, lugares transbordando gente, nem preciso dizer que não foi legal, porém válida. Reforçando que não pretendo voltar tão cedo, não fosse pra visitar a família ou quem sabe um trabalho, ou doutorado. Saúde acho que não mais.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

E quando não estiver tudo bem, finja

Tudo muito bom, tudo muito bem. Geralmente nesta época é assim. Votos de felicidades para o ano que se aproxima. E tudo isso é importante, até um certo limite. Eu costumo dizer que tenho uma grande capacidade de saber quem é meu amigo ou não, quem gosta de mim ou não, quem se preocupa comigo ou não, etc. E como já disse aqui, são realmente pouquíssimas pessoas. E é assim com todo mundo. Ninguém é totalmente amado, nem totalmente odiado. Simples!

Mas, infelizmente, no meu caso, as vezes tenho que convencer (não a mim, mas a quem se diz preocupado) que estou acreditando que a vida é bela, que tudo vai muito bem. Não é querendo parecer revoltada, mas cá entre nós, a vida não é perfeita pra ninguém. Os problemas existem sim, sempre existiram. A diferença é apenas a forma como você decide lidar com eles.

Por exemplo, se me perguntam: "Tudo bem?", em grande parte das vezes eu vou responder "Sim". O assunto vai parar por ali, ou vai partir pra outro rumo, e haverá uma convenção de que está tudo bem. E aí podem ter ocorrido duas coisas: ou realmente está tudo bem, ou a pessoa que perguntou só perguntou por perguntar, por costume, ou seja lá por qual motivo. E como, em 10 anos de experiência, não é muito difícil dicernir qual o interesse da pessoa em perguntar, dá-se o tipo de resposta que a pessoa quer ouvir.

Muitos vão dizer: "Poxa, que radical!". Que seja. Mas prefiro fingir do que ter que escutar discursos que saem da boca pra fora, ou um olhar de piedade, ou então um silêncio fúnebre. Dó e pena não me ajudam em nada, nunca ajudaram. Agora, quando o "Tudo bem?" vem de alguém que você sabe que, seja qual for a resposta, vai estar pronto pra ajudar, seja contando uma piada, chamando pra um programa qualquer, ou simplesmente existindo e fazendo os seus dias valerem a pena, compensa desabafar e soltar um "Não, tá uma merda!". Porque a pessoa não vai se assustar com a sua resposta, não vai te achar agressivo, antipático, negativo, depressivo. Ela só vai entender que você, apesar de forte (como costumam dizer), é uma pessoa normal, que também tem crises de tristeza.

O que eu quero dizer com tudo isso é que uma pessoa "doente" não está sempre disposta a "visitas de doente" (aquelas feitas por obrigação), não está sempre com aquela paciência descomunal pra responder perguntas feitas constantemente, as quais nem sempre têm respostas ideais, com grandes doses de positivismo. Ás vezes, a única vontade que se tem é simplesmente deixar de ser notada (não por quem quer, mas por quem se sente forçado a manifestar-se). Porque, sério, eu não vou me importar caso esse tipo de pessoa admita sua indiferença a situações reais de sofrimento.