quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Eu caranguejo. Tu caranguejas.

É quando você se cansa de caranguejar que começa a conhecer as pessoas e as coisas de forma que nem imaginaria, tanto positiva quanto negativamente. É quando você se expõe, abre o coração, entrega o que sente (e o que sentiu, muitas vezes calada, em tantos anos), que passa a ver na reação das pessoas o que elas pensam em relação a você. E você tem que estar preparada, tanto para os admirados olhares, quanto para os duvidosos, os que se perguntam "o que ela quis dizer?" ou "será que isso foi pra mim?".

Não é a primeira vez que vou mencionar minha sinceridade. Não gosto de "meias" palavras, nem de que finjam que me entenderam. Eu gosto de pratos limpos, gosto de clareza. A minha intenção nunca foi, nem aqui, nem quando falei em nenhuma outra parte, atacar alguém. Eu simplesmente estou sendo quem sou, dizendo o que penso, transmitindo o que sinto. Se alguém se sentiu atingido, foi porque achou que deveria se sentir como tal. Eu não posso controlar os efeitos do que eu digo e escrevo. Cada um é "tocado" de uma forma. E quero crer que a maioria tenha tido uma impressão boa de tudo que foi dito. Aliás, sou confiante nesse sentido.

A verdade, para muitos, dói. Dói no ouvido de quem ouve, nos olhos de quem lê, e no coração de quem sente. A verdade pode doer pra mim também, mas nem por isso vou fugir dela; sempre a encarei de frente. Aos fracos que não gostam de admití-la ou mesmo de sabê-la, não tenho mais nada a dizer. Aos que, mesmo não tendo a possibilidade de sentir exatamente o que o outro sente, tentam imaginar, pois têm a virtude da sensibilidade, só tenho a agradecer por todo o carinho e reconhecimento. Pra finalizar, um apelo: seja pra agradar aos ouvidos alheios ou não, saia da sua toca, não seja um caranguejo, assuma aquilo que você é!

6 comentários:

  1. Su, você tá certa! Às vezes a gente se acostuma a não falar ou a ouvir o que não devia. Como disse Marina Colasanti: "A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz". Que bom que você está olhando para fora das janelas. Nunca deixe de olhar. :)

    ResponderExcluir
  2. Certíssima, Su! ;) É muito fácil a gente assumir os outros e não se assumir. É muito fácil ver culpa alheia. Só que a gente sempre tem teto de vidro... ;)

    ResponderExcluir
  3. Concordo com a Suellen, a Scheyla e a Paula. Quem está no buraco não consegue ter outra visão que não aquela que o próprio buraco permite alcançar, normalmente limitada, esteriotipada, irreal. O problema é quem saiu fora suportar os devaneios de quem continua no buraco, na caverna (Platão), no apartamento de fundos...

    ResponderExcluir
  4. Está certíssima Suelen! Mas é como você disse, quando nos expomos temos de estar preparadas...cada um lê de maneira diferente aquilo que escrevemos. E se quem lê o seu texto acha que as palavras foram destinadas a ele/ela, é porque essa pessoa tem que parar de caranguejar! Afinal, sem querem você tocou na ferida dele/dela ;)

    ResponderExcluir
  5. Minha querida, quanto mais leio seus textos mais a amo e admiro.Bjs no coração.Ivete

    ResponderExcluir
  6. Ei, su! Queremos mais! hehe..figura!

    ResponderExcluir